Velhas cartas

Velhas cartas

Escrevi-lhe loucamente.

Quis te sentir naquela tarde de sol.

Eu busquei vestígios seus no armário, na sala de estar, nas páginas dos livros.

Voltei ao nível zero da solidão.

Voltei pra onde nunca devia ter saído.

Escrevi-lhe novamente.

Esperei ansiosamente por tuas respostas que a mim nunca chegaram.

Pensei então comigo mesma “É, talvez você já tenha me esquecido”

E continue a escrever-lhe, pois se havia algo que me fazia bem,

Era escrever pra você e sobre você.

Mas certo dia, dei por mim mesma.

E percebi que as velhas cartas eu nunca havia lhe enviado.

Na verdade, eu não queria ter-lhe enviado.

Pois as tinha guardado.

Assim como lhe guardo no coração.

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Nós ou sós?

O que há de errado com você? Ou o problema sou eu? Bem, eu não sei dizer. Ah, dane-se tudo. Porém faz um favor pra mim? Deixa de me confundir, de me deixar sem defesas quando estou junto a ti, de fingir que se importa quando na verdade não se importa, para de dizer que o problema sou eu, afinal o que fiz eu? Ah! Te amar foi o meu erro, é esse o problema não é mesmo? Mas saiba que de todos os meus erros amar-te foi o melhor de todos. Pois, a gente não escolhe quem vai amar certo? Porque seria muito bom se fosse assim, pouparia tanto a mim quanto a você, e nem venha com esse papo de que eu dramatizo demais, acho que é você que não sabe ouvir a verdade então arruma uma desculpinha fajuta pra ignorar o tanto de coisa que tenho pra te dizer. Contudo, eu não suporto a ideia de que eu posso está te perdendo pra um outro alguém e você sabe disso ou finge não saber. Eu já prometi a mim mesma e já pedi a Deus pra me ajudar a te esquecer e  nada. Digo que vou te esquecer, e até me saio bem na tarefa, mas ai eu vejo o seriado que amamos e penso “Ah, fulano não vai acreditar nisso” oppa!! Pensei em você e agora os meus planos foram destruídos completamente. Está difícil moço, a danada angustia que me vem ao peito dói demais e eu fico fingindo que estou bem só pra não ouvir você dizer mais uma vez “É tão dramática”, pois o que eu quero ouvir mesmo é o quanto eu te faço falta da mesma forma que você me faz falta.

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Livros de presente

Adivinhem quem ganhou livros de presente?! Eu :)) HAHAHA. Ler e escrever são duas coisas que eu adoro fazer e amo pessoas que me presenteiam com livros. Como maio é o mês do meu aniversário, ganhei dois livros de presentes. Um foi de uma pessoa muito especial que me deu e o outro ganhei de presente do meu pai. Água para elefantes e Morte súbita foram os livros ao qual eu fui presenteada, além do primeiro livro da Trilogia dos Jogos Vorazes que uma amiga do curso me emprestou. Já terminei de ler Água para elefantes e simplesmente a d o r e i, amei a riqueza de detalhes que Sara Gruen dispôs na narrativa do seu livro, que por sinal, já virou um filme que foi dirigido por Francis Lawrence e que teve a participação de grandes atores como Robert Pattinson e Reese Witherspoon. Recomendo o livro e o filme, eu particularmente amei. Bem, voltando a falar sobre os livros, comecei a ler Morte Súbita e sinceramente ainda não me animei com o livro, na verdade me confundo às vezes sobre qual personagem J.K. Rowling (autora) se refere e ainda não sentir a ação que é descrita na sinopse do livro. Como agora estou lendo Jogos Vorazes assim que terminá-lo irei voltar a ler Morte súbita, vai que eu já esteja perto de chegar à parte mais interessante?. Já estou terminando de ler Jogos Vorazes e nem preciso dizer que ele é perfeito, outro que recomendo pra quem quiser ler.

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Tão longe

“Tão perto, longe estou.

Tão longe, chego perto.

Pensando eu voo,

Voando eu chego,

Chegando eu encontro e
Junto o longe do perto.

E mato a saudade calada, guardada,

Que geme tão dentro e tão forte.

Angustiante a espera, agora consolada com a presença.”

(Anônimo)

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Seu Sorriso Derretia Satelites

"Desta janela encoberta de neblina
Avisto seus brilhos solares atravessando a rua
Escondendo das lentes ofuscantes do sucesso
Seus passos decididos partiam em rotas inexistentes

Por um segundo, senti o bater ritmado do seu coração parar.
Como se o mundo parasse, se o ar faltasse.
Instantaneamente o universo retrocedeu duas décadas de evolução
Depois acelerou tão ferozmente que estrelas colidiram
Escuridão silenciosa fez em seu breve penar

Deste labirinto tortuoso que descrevo meus dias de exílio.
Observo, assustado, o correr natural de seus dias simples.
Como a um terremoto seus passos chocam com astros distraídos.
Destruindo o pouco de paz existente nos cosmos
Volte!

Por um breve instante, minha vida misturou-se com a sua.
Meus tristes relatos, observados com minhas vistas cansadas de esperar
a paz roubada, no instante que colidiu sua rota em meus dias cinzas
Os deuses festejaram a descoberta de uma constelação.


Deste quadro abstrato que minhas retinas incansavelmente entorpecem
Procuro vestígios palpáveis para reencontrar seus braços
Eu, vagando entre o real e o imaginário, suspiro a cada sonho.
Contrabandeando sorrisos puros a cristalizar nostalgicamente a vida


Desta caverna sombria a qual observo tudo contra a luz
Vejo-te flutuar pelo salão principal, deslumbrante e bela.
Ignorando as luzes ofuscantes, vejo apenas seus olhos brilhando,
no escuro opaco, reluzente luas prateadas em noites de euforia
Seu sorriso derretia satélites e corações gelados."

Caio Fernando de Abreu

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