Aquele menino...

Jeito quieto, olhar sincero, um mundo guardado dentro de si mesmo. Como poderia ser tão simples, mas tão belo. De uma coisa eu tenho certeza: sua beleza era completamente interior. Não que sua beleza exterior não valesse de nada, sim ele era bonito, mais o que guardava por dentro superava qualquer beleza que se havia por fora. Burro é aquele que julga alguém pela sua aparência física ou pelo seu jeito de ser. Certa vez, pensando comigo mesma, tirei a conclusão de que a beleza exterior é algo tão superficial, sabe, ela acaba com o passar do tempo e muitas vezes é falsa, já que existe tantos produtos de beleza, cirurgias plásticas e coisas desse tipo que melhoram a pele e as deixam do jeito perfeito, deixam do seu jeito. Porém, a beleza interior é única, indestrutível e própria de cada ser humano. Ninguém vai lhe tirar o que você carrega por dentro. E ele era assim, quem o via não dizia que era tão recheado de coisas boas, quem conviva com ele certamente deveria viver encantado com tal inteligência e percepção das coisas que se passavam ao seu redor. Eu admiro pessoas assim, com belezas tão raras e jeito simples. O que eu amo e me deixa apaixonada é o abraço, a atenção e compreensão, o olhar fixo e aquela certeza que vem de dentro, de que aquilo é verdadeiro e de que não é necessário sentir medo. Chamem-me do que quiser, só sei que poucas pessoas me conhecem, poucas me conhecem realmente, eu me mostro superficial, raros são aqueles que têm a oportunidade de me conhecer por completa. Sem meio termo, sem menos, sem nada, a não a ser a mim por inteira.

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