13 outubro 2011

A estrada

Observei cada passo que destes e a partir deles comecei a retirar cada experiência vivida por ti e pelos outros, aqueles que estavam sempre ao seu redor. Aquela minha ânsia de querer te proteger e te livrar de tudo o que era mal, já não estava me fazendo bem e antes que eu pudesse cair nesse buraco, me afundar naquele poço, eu te vi andando sozinho e ansioso  com uma felicidade assustadora, porém falsa. Estava distante, te olhei e tentei te puxar pra perto de mim, mas como sempre, você me ignorou. Senti um medo, uma aflição e queria te resgatar pra mim de imediato, pois sabia que aquele caminho não era o melhor pra você. Os dias se passaram então veio às semanas, meses, logo após veio os anos, até que você saiu da minha vista e do meu alcance. Tudo o que vive, por mais bobo e ingênuo que fosse eu vive intensamente, de cada tropeço, de cada queda eu absorvi uma experiência. Te ver andando por aquele caminho, iludido e enfeitiçado por algo incerto, algo completamente inútil doeu, e muito. Te olhei e te olhava profundamente, sabia dos teus passos antes mesmo de você por os pés naquela estrada, eu te chamei, te puxei, mas você não quis. Hoje você se foi e inevitavelmente eu te pedir, não adiantou a minha tentativa de te salvar sendo que você mesmo quis e decidiu se perder.
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2 comentários:

  1. Moça, que talento esse teu. As tuas palavras são lindas, acredite.

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  2. Nossa! muito obrigada, eu adoro o seu blog e os textos que você posta. Adorei receber sua visita e o seu elogio, volte sempre que quiser :))

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